À PALAVRA, SEU DIGNO LUGAR!

Nesse mês dedicado à Palavra de Deus, reflitamos sobre o especial lugar que ela merece ter em nossa vida.


            “A dignidade da Palavra de Deus requer na Igreja um lugar condigno de onde possa ser anunciada e para onde se volte espontaneamente a atenção dos fiéis no momento da liturgia da Palavra”. (Instrução Geral do Missal Romano, n. 309)
            A Palavra de Deus, quando proclamada, cantada (Responsório) e comentada pela homilia, requer de nós  atitude de escuta, voltando-nos para Ela, com olhos e ouvidos atentos ao ministro que A anuncia.
            Este, por sua vez, não está (ou ao menos, não deveria estar) simplesmente lendo um texto diante das pessoas ou cantando um salmo; está, na verdade, fazendo-se um instrumento da ação do próprio Cristo, que assume a voz, o olhar, o rosto, toda a expressão do ministro para, através dele, se comunicar com os cristãos reunidos em assembléia.
            Diante de tal importância, seria ideal que em nossos ambientes celebrativos sempre existisse um lugar de destaque para o anúncio da Palavra; melhor ainda, se houvesse o ambão.
            Conforme a tradição cristã, o ambão faz referência ao sepulcro vazio, ao lugar da Ressurreição e do anúncio do Cristo Vivo.
            Se pudéssemos visitar o local em que Nosso Senhor foi sepultado, certamente o faríamos com todo o zelo, respeito e reverência que merece esse santo lugar. Ora, cada vez que desempenhamos os nobres ofícios de Ministro das Leituras e Salmista é como se tivéssemos essa oportunidade, a exemplo do que fizeram Maria Madalena e os discípulos naquele “primeiro dia da semana”: diante do ambão, o “sepulcro vazio”, testemunhamos ao mundo que nosso Deus é o Deus da Vida!
            Assim, devemos nos preparar muito bem para o exercício desses ministérios, lendo com antecedência a Palavra, meditando-A, buscando entender o que Ela nos diz, para, então, anunciá-La dignamente!
            Por fim, ressalto que somente aquele que reserva em seu coração o lugar para a Palavra de Deus conseguirá compreender o lugar especial que Ela possui na liturgia. Mais do que isso, saberá proclamá-La de forma a motivar os fiéis a  respeitá-La e amá-La.