É NATAL! CANTEMOS O DOM DA NOSSA SALVAÇÃO!

O Tempo do Natal é caracterizado pela alegria do Nascimento do Menino Jesus. É Deus que se faz humano, para realizar seu plano da salvação. Ele nasce para todos os povos, raças e nações, sem distinção nenhuma.


A música tem um papel fundamental nesse tempo litúrgico. O jeito de ministrar e os cantos próprios para a ocasião podem ajudar (e muito) o nosso povo a celebrar o Natal em comunidade, em família e em comunhão com os irmãos.

Voltamos a cantar o “Glória” na celebração da Noite de 24 de dezembro, fazendo-o nos oito dias seguintes, a que chamamos “Oitava do Natal”. É como se, a cada dia dessa oitava, estivéssemos celebrando o “Dia de Natal”. Daí, o caráter festivo desse período. Também cantamos o hino de louvor nos domingos que se seguem.

Durante o Tempo do Natal, que vai até o “Batismo do Senhor” (celebrado no terceiro domingo após o Natal) ocorrem algumas celebrações importantes do calendário litúrgico, tais como “Sagrada Família”, “Santa Maria, Mãe de Deus”, “Epifania do Senhor”.

O que cantar, então?

O músico deve estar atento a cada detalhe da celebração em que ministrará, para que toda a assembleia possa rezar através da música e, mais ainda, compreender que Natal não é tempo de tristeza (como alguns ainda insistem em acreditar) mas sim um tempo de alegria, porque se temos um Deus que se coloca em nossa condição humana para nos conceder a salvação, podemos crer que há esperança. Algumas dicas práticas:

• Volta-se a cantar o “Hino de Louvor”;

• Usar músicas de caráter vibrante, para mostrar toda a alegria desse tempo. Obviamente deve ser respeitado o momento litúrgico. Por exemplo, não se canta o “ato penitencial” com uma melodia agitada, como acontece no “Glória” e no “Santo”;

• Volta-se a usar bateria e percussão. Os ministros devem sempre cuidar para que o som destes instrumentos nunca “abafe” o dos demais, sobretudo o das vozes dos cantores e da assembleia. Há bateristas que utilizam baquetas capazes de suavizar o som; há outros que fixam tecidos na “caixa” e no “surdo”, para que o som não fique muito estridente. São recursos alternativos simples que ajudam a respeitar e harmonizar a liturgia;

• No Natal, é tempo de convidar a assembleia a “soltar a voz”, para cantar glórias pelo Nascimento do Salvador. Portanto, tons mais altos ajudarão bastante, desde que a nota mais aguda de cada música esteja ao alcance especialmente das mulheres e que a mais grave esteja ao alcance dos homens. Também deve ser observado o momento litúrgico. Não se deve dar “maior destaque” para o canto de Apresentação das Oferendas do que para o “Santo”, pois este último tem mais importância na celebração. Logo, bom senso é fundamental;

• Respeitar e valorizar os momentos de silêncio é importante para todos os tempos litúrgicos. Atenção especial para o silêncio na “consagração” e “após a Comunhão” (exceto em missas transmitidas por rádio ou televisão);

• Sempre que possível, cantar o salmo, observando as orientações litúrgicas para bem o fazer;

• Há muitas composições em honra a Nossa Senhora. Na Solenidade de “Santa Maria, Mãe de Deus”, fica bem, como canto de entrada, algum cuja letra retrate sua condição de Mãe de Deus e nossa Mãe, preferencialmente conhecido por todos.

• O canto “Noite Feliz” não pode faltar na celebração da noite de 24 de dezembro. Mais que uma tradição, ele ajuda muito nosso povo a “mergulhar” na espiritualidade do Natal. É apropriado para o momento de “Bênção do Presépio” e toda a comunidade o entoa (a maioria o sabe de cor). O Ministério de Música pode usar de sua criatividade para executar o canto de maneira bonita e suave, sem esquecer que é um momento solene e oracional.

Que o canto possa ajudar nossas assembleias a celebrarem verdadeiramente um “Feliz Natal”!