CANTO DE ENTRADA: COMEÇAR BEM É ESSENCIAL!

            A maioria dos católicos pensa que a Santa Missa inicia com a monição (comentário) inicial ou com o sinal da cruz e a saudação do sacerdote. Mas, na verdade, a celebração tem seu início mesmo é com o canto de abertura (ou canto de entrada).
            O canto de entrada é parte dos ritos iniciais da missa que têm a função de preparar os celebrantes para a escuta da Palavra e a liturgia eucarística. Sua letra deve demonstrar a alegria de sermos Igreja reunida para louvar a Deus e, sempre que possível, estar relacionada ao Evangelho do dia.
            Quanto à melodia, é bom que seja adequada ao tempo litúrgico, mas sempre capaz de despertar nas pessoas a vontade de participar daquele momento e, mais ainda, de toda a celebração. O ideal seria uma música conhecida, com refrão que todos possam cantar de cor. Isso ajuda a participação da assembleia que, enquanto canta, pode também observar a procissão de entrada.
            Não se recomenda iniciar a celebração com uma música nova, exceto se o grupo a tiver ensaiado anteriormente, pois, se a assembleia não participa do canto de entrada, ficará mais difícil motivá-la para os demais cantos. É aí que o Ministério de Música deve exercitar sua criatividade, para cantar talvez uma “música antiga”, de um jeito novo.
            A orientação litúrgica recomenda que o canto de entrada termine quando o presidente da celebração chega ao altar. Na prática, eu diria que deve terminar quando o padre estiver no altar e pronto para a saudação inicial. Não é conveniente deixar padre e assembleia esperando o fim do canto, para continuar a celebração, mas também não se deve interrompê-lo de qualquer maneira. Isso “quebra” completamente a harmonia e a espiritualidade do momento. Imagine todos cantando, por exemplo, “Deixa a luz do céu....”, e, de repente, o canto para. Estou certo de que todos, ao invés de se voltar para o altar, se voltariam para o grupo de música, tentando descobrir “o que está acontecendo de errado”.
            Por isso, ao perceber que a procissão chegou ao presbitério e o padre já está a postos, o ministro de música, se estiver cantando uma estrofe, pode concluí-la e convidar a assembleia a cantar o refrão, para terminar; se estiver no refrão, conclua-o, sem começar uma nova estrofe. Indispensável, então, ao nosso ministério, aquela conhecida “regra de ouro”: bom senso.
            Portanto, vale a pena investir no preparo de um canto de entrada motivador. Afinal, pela união de vozes, poderemos também unir os corações no encontro com o Nosso Senhor, certos de que “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei ali no meio deles”.